De acordo com uma pesquisa liderada por Merritt Turetsky da Universidade de Guelph (Ontário, Canadá), publicada na revista científica Nature, à medida que a temperatura aumenta, os microrganismos descompõem a matéria orgânica do solo, liberando gases de efeito de estufa tais como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso.
Esta situação levará a que, no lugar de ecossistemas florestais, aparecerão lagos de gelo descongelado e terras úmidas, alterando assim o habitat da vida selvagem.
O caráter abrupto do processo de degelo atua de forma mais acelerada sobre as reservas de dióxido de carbono mais profundas, o que leva à liberação de metano, um gás que tem efeito de estufa muito mais forte que o dióxido de carbono.
“Estamos vendo este gigante adormecido a despertar mesmo em frente aos nossos olhos. Isto está acontecendo mais rápido do que o esperado”, afirmou Turetsky.
Frente a esta situação, a equipe de cientistas recomendou reforçar o controle sobre este setor do Ártico e sobre os efeitos do degelo, com a consequente reformulação das políticas de gestão ambiental.
“As nossas oportunidades para agir estão diminuindo, mas ainda temos e podemos fazer alterações para salvar o Ártico como o conhecemos hoje e, juntamente com ele, o clima da Terra”, assegurou Turetsky.
Fonte: Sputinik