A empresa Biotecam, startup residente da Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ, desenvolveu um aerador capaz de desinfetar o ar de ambientes confinados, como UTIs e hospitais de campanha, e devolvê-lo limpo e seguro ao ambiente. Batizado com o nome “Pulmão”, o equipamento, já patenteado pela empresa, foi concebido inicialmente para a recuperação de sistemas hídricos. A tecnologia foi reconvertida, em parceria com pesquisadores do Instituto Federal Fluminense (IFF) e com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), para auxiliar no combate à pandemia causada pelo novo coronavírus.

Segundo o biólogo Ricardo Remer, sócio da Biotecam, a empresa de tecnologia ambiental baseia-se no conceito de “give back”, no qual a atividade empresarial, além de auferir lucros, deve devolver benefícios à sociedade. “Com o surgimento do coronavírus, procuramos uma forma de ajudar, e pensamos que se tínhamos expertise em dissolver ar em líquidos, poderíamos remover o ar contaminado de um ambiente confinado, com cuidado, em regime laminar, e levá-lo a um recipiente fechado, com substância desinfetante. Após a desinfecção, o ar volta ao ambiente completamente livre (99%) de impurezas”, explica Ricardo.

A tecnologia, que já foi bem-sucedida na recuperação do lago do Parque Burle Marx, em São Paulo, poderá, então, ser usada para purificar o ar de locais com aglomeração de pessoas contaminadas pela Covid-19. A ideia é reduzir a contaminação que pode acontecer pelos aerossóis, as gotículas que se dissipam no ar pela tosse ou espirros de pessoas contaminadas e que representam um perigo sobretudo aos profissionais da Saúde, que estão na linha de frente no combate ao coronavírus.

O “Pulmão” consome metade da energia utilizada por aparelhos semelhantes e será testado pela Biotecam ao longo do mês de maio. Para tento, a Biotecam está em negociação com a Santa Casa de Campos (RJ) e com a Faculdade de Odontologia da UFRJ. A estimativa é de que esteja concluído no mês de junho.

Fonte: Planeta Coppe Notícias

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