Pesquisadores do Grupo de Trabalho Racismo e Saúde, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), analisaram a letalidade da pandemia entre as pessoas negras e publicaram uma nota técnica sobre o tema no dia 20 de julho.
O documento, assinado pelas pesquisadoras Edna Araújo e Kia Caldwell, conclui que o racismo leva a uma maior exposição da população negra à COVID-19 e até mesmo limita seu acesso aos serviços de saúde, levando a dificuldades no acesso ao tratamento e maior risco de morte. O Grupo de Trabalho Racismo e Saúde tem o apoio institucional do Fundo de População da Nações Unidas (UNFPA).
A nota técnica “Por que a COVID-19 é mais letal para a população negra?” faz uma comparação entre os impactos da pandemia entre a população negra do Brasil e dos Estados Unidos, e aponta alguns motivos pelos quais o racismo se manifesta, de fato, em um maior risco ao vírus.
Além de depender mais do sobrecarregado Sistema Único de Saúde (SUS), a população negra brasileira enfrenta piores condições de saúde e é mais afetada pela crise socioeconômica, estando também entre os grupos de profissionais que não podem se ausentar do trabalho, como empregadas domésticas.
Também são as pessoas negras as mais afetadas por riscos associados ao local de moradia, falta de saneamento básico e condições limitadas de realizar o isolamento social.
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Fonte: ONU Brasil