O ativista climático e advogado de direitos humanos Kaime Silvestre se junta a cientistas para painéis de alto nível para criar soluções escaláveis para conflitos e mudanças climáticas no Fórum Econômico Mundial. O jovem da região Araguaia-Xingu, no Mato Grosso, parte da Amazônia brasileira, é mestre em Direito Internacional Público, com foco nos Direitos Humanos, e é um dos seis jovens embaixadores do Arctic Basecamp, uma organização científica sem fins lucrativos que trabalha para uma ação climática transformadora, e irá integrar a participação jovem no Fórum Social Mundial em Davos, na Suíça, que ocorre a partir deste domingo, 22, até 26 de maio, e tem como principais focos a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia.
Apesar do evento ser realizado por representantes do setor privado, banqueiros e chefes de Estado, Kaime acredita que a presença da juventude se faz necessária nesses espaços, para poder influenciar as decisões e trazer mudanças reais, principalmente acerca da crise climática. “Unir-se aos líderes globais nas discussões que definirão a agenda internacional é vital para o combate à crise climática. A oportunidade que estou tendo pode influenciar diretamente na formulação de políticas que impactam o mundo inteiro.”
De acordo com Kaime, na manhã deste domingo jovens do mundo inteiro se reuniram com o Príncipe Albert, de Mônaco, para debater essas questões. O jovem também fala da importância de ouvir a ciência, e destaca a relevância da preservação do Ártico e da Amazônia brasileira. “Os cientistas nos mostram o caminho há décadas. E é hora de ouvirmos. E precisamos de todos incluídos neste processo “.
Os dois biomas tem papel central no clima global, já que a calota polar do Ártico regula padrões climáticos globais através da circulação de água fria e ar para outras partes do mundo, e a Amazônia, maior floresta tropical do mundo, armazena cerca de 86 bilhões de toneladas de carbono, sendo um reservatório vital de dióxido de carbono. Além destas semelhanças quanto à importância para o planeta, as regiões também contam com povos indígenas e tradicionais, que atuam na preservação de suas áreas e tem suas vidas ameaçadas com a destruição causada pelo avanço da crise climática.
Fonte: Mídia Ninja