Orientadas pela ONU Mulheres e pela ONG Criola, mulheres carioca de 16 a 25 anos criaram a campanha “Se te machuca, é violência”, para abordar o racismo patriarcal, a violência de gênero e a LGBTfobia em suas comunidades, dialogando com outras jovens de forma empática e positiva.
A campanha foi para as ruas das comunidades de Pedra de Guaratiba, Cidade de Deus, Ilha Do Governador, Manguinhos e Praça Seca e também foi compartilhada ao longo do mês de abril por meio de posts, memes e vídeos nas redes sociais com a hashtag #servcmesmaédez.
As criadoras da campanha são integrantes do programa Uma Vitória Leva à Outra, iniciativa da ONU Mulheres e Comitê Olímpico Internacional em parceria com a ONG Empodera.
Uma buzina, um psiu, um julgamento de um vizinho ou familiar. Todos os dias, jovens negras são alvo de racismo e violência de gênero, mas nem sempre elas encontram forças para reagir, manter a autoestima e acreditar em seus sonhos de realização pessoal e profissional. Para que a violência não seja naturalizada, moradoras de territórios cariocas criaram a campanha “Se te machuca, é violência”, conteúdo que foi compartilhado ao longo do mês de abril por meio de posts, memes e vídeos nas redes sociais com a hashtag #servcmesmaédez.
A iniciativa foi desenvolvida por participantes de 16 a 25 anos do programa Uma Vitória Leva à Outra, iniciativa da ONU Mulheres e Comitê Olímpico Internacional em parceria com a ONG Empodera. O programa tem como objetivo garantir que meninas e mulheres possam participar, trabalhar com, governar e desfrutar do esporte em igualdade de condições.
Após duas oficinas presenciais conduzidas com o apoio da ONG Criola, as jovens definiram de que forma poderiam abordar o racismo patriarcal, a violência de gênero e a LGBTfobia em suas comunidades, dialogando com outras jovens de forma empática e positiva. “Você tem o direito de ser o que quiser” e “Você sabia que tem direitos sobre seu corpo?” foram alguns posicionamentos escolhidos para destaque nas redes sociais. Camisetas e capas de celular com a frase “Mulher negra, Craque & Dona de mim” ajudam a levar a campanha para as ruas das comunidades de Pedra de Guaratiba, Cidade de Deus, Ilha Do Governador, Manguinhos e Praça Seca, onde as participantes lideraram ações presenciais como rodas de conversa sobre tabus na adolescência e orientações sobre carreira e formas de ingresso no ensino superior.
O acompanhamento da campanha das jovens integra a contribuição de Criola ao programa Uma Vitória Leva à Outra. Criola é uma organização da sociedade civil com 30 anos de trajetória na defesa e promoção dos diretos das mulheres negras trans e cis e na construção de uma sociedade onde os valores de justiça, equidade e solidariedade são fundamentais.
Fonte: ONU Brasil