Com a chegada das primeiras doses de vacina contra a COVID-19 em muitos países nas próximas semanas, especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmam que as pessoas com maior necessidade de imunização – em especial idosos e profissionais de saúde – precisam ser priorizadas. Em entrevista a jornalistas em Genebra, o chefe da OMS, Tedros Ghebreyesus, também ressaltou a importância dos estudos de soroprevalência, que revelam a duração da imunidade de quem contraiu ou foi vacinado contra a doença provocada pelo novo coronavírus.

Segundo o dirigente, estudos realizados em 60 países indicam que maioria da população mundial está sob risco de contrair o vírus. Tedros lembrou que muitas pessoas estão sendo infectadas mas não apresentam sintomas. Segundo ele, os estudos são geralmente consistentes ao revelar a resposta dos anticorpos em diferentes grupos com o passar do tempo, ajudando a compreender a imunidade da vacinação.

Entre as prioridades para vacinação, as pessoas idosas sob alto risco de morte e doenças sérias precisam ser protegidas porque assim se reduz a chance de morte, de doenças graves e a pressão sobre o sistema de saúde. Grupos marginalizados e pessoas com alto risco por causa de doenças severas também devem ser imunizadas com urgência

Informação confiável – Além disso, a informação fidedigna sobre as vacinas contra a COVID-19 é vital para melhorar o conhecimento público e a confiança nestes tratamentos, afirmou Katherine O´Brien, diretora do Departamento de Imunização e Vacinas da OMS. “Acredito que a análise que as pessoas farão sobre a compreensão dos benefícios da vacina será crítica para a próxima fase do caminho de se ter vacinas como uma ferramenta crítica dentre as intervenções disponíveis”, afirmou. Ela disse que a OMS quer que o público seja informado sobre a ciência por trás das vacinas, acrescentando que fontes confiáveis também são importantes para que as comunidades e indivíduos tomem decisões sobre a vacinação.

Na coletiva, Tedros saudou a chegada de Anil Soni, o primeiro CEO da Fundação OMS, órgão independente que gera recursos para o trabalho da OMS. Ex-executivo da farmacêutica Viatris, Soni já atuou no setor privado, público e entidades sem fins lucrativos e deve começar no posto no início de 2021.

Fonte: ONU Brasil

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