O Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, marca o lançamento oficial da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas, um impulso global para reavivar espaços naturais perdidos para o desenvolvimento. Para comemorar a data, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) compartilha as 10 principais estratégias da ONU na luta contra a mudança climática.
Aqui estão 10 ações na estratégia da Década da ONU que podem construir uma #GeraçãoRestauração.
1. Fortalecer um movimento global – A Década da ONU visa deter e reverter a destruição e a degradação de bilhões de hectares de ecossistemas, de florestas exuberantes ameaçadas pelos incêndios a solos agrícolas tão erodidos que podem levar apenas mais alguns anos de colheitas. É uma tarefa assustadora, complicada pela diversidade dos ecossistemas e pelas ameaças que eles enfrentam. Nenhuma entidade consegue conduzir esse desafio sozinha. Assim, a Década da ONU conecta e fortalece as ações de muitos. Grupos e indivíduos podem se informar sobre oportunidades de restauração em sua região, juntando-se a iniciativas já em andamento, ou iniciando suas próprias.
2. Investir na restauração – A restauração requer recursos. As organizações que dirigem as atividades no terreno são frequentemente subfinanciadas e enfrentam insegurança financeira. Embora os benefícios da restauração superem em muito os custos, isso só pode acontecer com financiamento a longo prazo. Governos, financiadores internacionais, agências de desenvolvimento, o setor privado e indivíduos terão que aumentar seu apoio.
3. Estabelecer os incentivos corretos – A longo prazo, ecossistemas mais saudáveis podem produzir colheitas maiores, rendimentos mais seguros e um ambiente mais saudável. Mas cuidar da natureza também pode significar renunciar a alguns dos ganhos financeiros de práticas menos sustentáveis. Há maneiras de mudar isso, incentivando as atividades de restauração e reduzindo os subsídios que financiam práticas prejudiciais, na agricultura e nas indústrias pesqueiras, por exemplo.
4. Celebrar a liderança – Nos últimos anos, temos testemunhado um impulso incrível em torno da restauração. As campanhas para plantar trilhões de árvores capturaram a imaginação de muitas comunidades. Sob o Desafio de Bonn, mais de 60 países se comprometeram a trazer de volta à vida 350 milhões de hectares de paisagens florestais. Os povos indígenas têm atuado como defensores de seus ecossistemas por gerações. A Década da ONU celebrará a liderança e incentivará outros a se intensificarem.
5. Mudança de comportamento – O desmatamento, o esgotamento dos estoques pesqueiros e a degradação dos solos agrícolas são todos causados pelos padrões de consumo global. A Década das Nações Unidas trabalhará com todos os parceiros para identificar e incentivar o consumo que seja favorável à restauração. Isto pode variar desde mudanças nas dietas até a promoção de produtos baseados em restauração.
6. Investir em pesquisa – A restauração é complexa. As práticas que funcionam em um ecossistema podem ter impactos adversos em outro. Conforme o clima muda, surgem novas incertezas. Retornar a um estado anterior pode não ser desejável, pois temperaturas mais quentes ou chuvas torrenciais exigem plantas e culturas mais resistentes. O entendimento científico de como restaurar e adaptar os ecossistemas ainda está se desenvolvendo. São necessários investimentos consideráveis para identificar as melhores práticas para restaurar nosso planeta.
7. Construir capacidade – Milhares de iniciativas de conservação e restauração já estão em andamento. A Década das Nações Unidas será alimentada por sua visão, conhecimento e dedicação. No entanto, os profissionais muitas vezes enfrentam barreiras que os impedem de levar seus projetos à escala. Outros setores críticos, como o financeiro, exigem mais dados e insights para tomar decisões informadas. A estratégia da Década da ONU procura construir a capacidade dos grupos marginalizados que mais perdem com a destruição dos ecossistemas, tais como povos indígenas, mulheres e jovens, para assumirem um papel ativo na restauração.
8. Celebrar uma cultura de restauração – O poder de reanimar nosso ambiente não reside apenas nos governos, especialistas e profissionais. A cura do planeta é um desafio cultural. A estratégia da Década da ONU, portanto, convoca artistas, contadores de histórias, produtores, músicos e conectores a se unirem à #GeraçãoRestauração.
9. Construir a próxima geração – A juventude e as gerações futuras são as mais afetadas pela rápida destruição atual dos ecossistemas – elas também são as que mais se beneficiam de uma economia de restauração. A estratégia da Década da ONU vincula o bem-estar da juventude e os objetivos da restauração. A educação para a restauração transformará as crianças de hoje em embaixadores dos ecossistemas e fornecerá habilidades para empregos sustentáveis.
10. Ouvir e aprender – A restauração de ecossistemas não é uma tarefa fácil. Assim, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, no início deste ano, pesquisou conservacionistas, financiadores e o público em geral, num esforço para identificar as barreiras à restauração e estimular a ação das bases. Confira os resultados da pesquisa para obter dicas sobre como você pode colocar os programas de restauração em funcionamento em sua área.
Fonte: ONU Brasil