A Tecnologia Social aparece como uma alternativa à tecnologia convencional e ganha esta designação no início dos anos 2000, com a definição de que “tecnologias sociais são produtos, técnicas e/ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representam efetiva soluções de transformação social” (Rede de Tecnologia Social – RTS).

As tecnologias sociais fazem parte de um processo que envolve a participação direta no desenvolvimento tecnológico, o diálogo com atores tradicionalmente ocupados em conceber as tecnologias, e permite a emancipação das pessoas ao considerar sua cultura, sua realidade, suas questões e seus saberes.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) define que “a Extensão Universitária, sob o princípio constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, é um processo interdisciplinar educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre universidade e outros setores da sociedade”.

Portanto, a Extensão Universitária, enquanto opção pela democratização do conhecimento e pela pluralidade dos saberes, pode contribuir para a elaboração de Tecnologias Sociais e, por meio delas, com democracia, participação do corpo acadêmico e das comunidades interessadas, gerar transformação social na construção de políticas, metodologias e mecanismos de desenvolvimento.

O Laboratório Betinho, fisicamente instalado nas dependências da UFRJ, desenvolve a tecnologia social Rede dos Saberes, um projeto de Extensão que reúne um grupo de universitários e jovens líderes comunitários do Semiárido nordestino, estes inseridos da Rede de Comunidades.